O Coliseu hit counter
Arena de degladiação de raciocínios
terça-feira, maio 29, 2007
Camelos em Portugal, ministros suicidas no Japão

Numa semana em que muito se falou das polémicas declarações do ministro Mário Lino, que inclusivé conseguiu desviar a atenção que os Gato Fedorento prestaram durante o último mês ao Sr. Primeiro-Ministro, para a sua própria pessoa (inveja sr. Ministro?), e em simultâneo com mais uma trapalhada governativa a relembrar os tempos da "outra senhora", ao efectivar-se a suspensão de um professor da Direcção Regional de Educação do Norte, por alegadas injúrias e calúnias contra o sr. Primeiro-Ministro, passou ao lado do grande público uma notícia fabulosa sobre esse magnifíco país que é o Japão.

O Ministro da Agricultura, Toshikatsu Matsuoka, envolvido num escândalo de alegada corrupção e desvio de dinheiro, cerca de uma hora antes da sua ida ao parlamento para prestar declarações sobre este assunto, decidiu enforcar-se.

É paradigmático este caso, que espelha a mentalidade e cultura oriental, especificamente do Japão, quanto à honra que incutem em qualquer tarefa que desempenham.
Não será por acaso que os estudantes japoneses entram em depressão quando apenas conseguem tirar um 19, em vez do habitual 20.

Todavia, o que é realmente interessante é extrapolar isto para a realidade portuguesa.

O Sr. Matsuoka deveria ter vindo para Portugal, já que é condição sine qua non para ser administrador de empresas públicas, ter estado envolvido em escândalos de corrupção e desvio de dinheiros públicos.

Mas de outro ponto de vista, imaginem se a moda pega em Portugal. Iríamos ter mais de metade da classe política a suicidar-se.

Talvez nem fosse mau de todo...
domingo, maio 27, 2007
Portugal por "Terras do Nú e do Batuque"
Andava eu em pesquisas por essa maravilhosa ferramenta que é a internet, quando descobri algo deveras curioso.

Sendo eu Samuel de Paiva Pires, tive um tio-bisavô, entre vários, de nome António Paes de Aragão de Paiva, que nas décadas de 20 e 30 circulava pelos meios intelectuais em Lisboa.

Por diversas razões, que não interessam à colacção actual, o meu tio-bisavô esteve em Angola, onde escreve um livro intitulado "Terras do Nú e do Batuque".

Pessoalmente apenas sei que o livro é de cariz descritivo sobre as viagens que fez, e informações que recolheu do que viu no terreno.

O que é facto é que é praticamente impossível encontrar uma cópia, para além da que a minha família ainda possui, não estando aparentemente, tal como seria de esperar, em nenhuma biblioteca portuguesa.

Eis que me espanto quando descubro que o livro se encontra em várias das melhores bibliotecas do mundo: http://www.worldcatlibraries.org/oclc/3545033.

Mais uma vez, Portugal no seu melhor, a inércia cultural a dominar.
sábado, maio 26, 2007
Pseudo-moralistas e idealistas

Antes de mais, quero dizer que me apraz inebriadamente verificar que a previdência me permite hoje, Sábado, dia santo de coçar os culhos, emitir mais um raciocínio provocador e vilipendeador da moral e bons costumes nesta arena.
Afinal, nem todos podemos ser gente de bem.
Embora pelo título alguns possam julgar que me vou pôr a discorrer filosoficamente sobre falsos moralistas e idealistas, desta feita apenas venho emitir umas "cavilhas".
Bom... venho ora inquirir, a quem de direito quiser replicar (leia-se, a quem a carapuça servir), mas que raio de mania é esta (de certa e determinada pessoa) de se armar em moralista e idealista, não hesitando até em recorrer a certas teorias de pensadores reputados, para depois actuar no sentido precisamente contrário?
Esforça-se esta criatura por criar a imagem de ser perfeito, tão moralista, com tantos ideais, e depois quando faz borradas nem sequer é capaz de assumir o que disse ou fez.
Pior ainda é o facto de passar a vida a criticar os outros, sem se olhar ao espelho, esquecendo-se que também tem telhados de vidro.
Tudo isto num ambiente onde se traem amigos, tenta-se lixar a bilha do próximo, utilizam-se recursos públicos, nomeadamente do órgão associativo, para praticar o acto masturbatório, enfim, uma panóplia de acções que vão precisamente contra aquilo que aparentemente se defende.
Para culminar, ainda se arma este ser traumatizado em vítima, qual bicha ofendida, quando confrontado com certas e determinadas situações que protagoniza.

Está na altura de deixar a escola secundária...

Só se deixou enganar quem quis...

Como diz o povo: "No melhor pano cai a nódoa".
quinta-feira, maio 24, 2007
77ªEdição da Feira do Livro de Lisboa

Começa hoje e vai lá estar até ao dia 10 de Junho.

www.feiradolivrodelisboa.pt

quarta-feira, maio 23, 2007
Felacio por voto!

Tania Derveaux, estudante de marketing, é a cara da publicidade eleitoral do NEE ("Não" em holandês) na qual aparece nua ou seminua, prometendo criar 400.000 jobs, gozando a promessa do partido do primeiro-ministro, Guy Verhofstadt, de criar 200.000 empregos.

Um dos seus eleitores propôs que em vez de jobs, Tania oferecesse blowjobs e assim o NEE entra para a história do marketing político.

Neste momento site do NEE é dos mais visitados por todo o mundo, recebendo mais visitas que o do Partido Democrata americano ou do Partido Trabalhista britânico.

Tania Derveaux, uma dos seis militantes do movimento, realizaria 40.000 sessões de sexo oral ao longo de 500 dias, a um ritmo de 80 por dia. Cada sessão duraria 5 minutos e caberia a Tania a iniciativa durante o acto, onde o preservativo seria obrigatório. Os casados e os tímidos poderiam optar por receber o felacio no Second Life. Tania e a sua assistente japonesa cumprem a promessa no Youtube onde simulam o felacio enquanto falam de política.
Visto que na Bélgica o voto é obrigatório, o NEE pretende que a sua candidatura represente uma opção para quem não quer votar nos outros partidos. Como justificação da sua neutralidade, o partido diz que todos os lugares que ganhar no Senado permanecerão vazios.
terça-feira, maio 22, 2007
Insólito
As Universidades não são todas iguais... algumas delas -poucas- até funcionam.
Li que a Universidade do Porto vai abrir o primeiro banco de esperma em Portugal.
A data de abertura prevê-se para Junho no entanto já se encontra um individuo à porta para fazer a primeira doação.
segunda-feira, maio 21, 2007
Netinho

Lembram-se do Netinho? Vá, façam lá um pequeno esforço... Há uns anos atrás estava por aí nos tops da música barata, é ele em grande parte o responsável pelo ódio que tenho a música brasileira. É evidente que a música brasileira não se resume a forrós e pimbalhadas mas isso também não é de todo pertinente, uma vez que, este post não é sobre música. É sobre o Netinho.

O Netinho é um pobrezinho, um feioso, um bimbo... é labregão coitado, extremamente carente, vive atormentado com os seus complexos de inferioridade, travando diariamente uma luta por fazer parecer aos outros que têm um ego enorme, quando ele próprio sabe que, no fundo, é um traste.

Por um lado, tenho imensa pena de escrever tudo isto sobre ele mas como ele adooora ser o centro das atenções, no final de contas, ainda faço o rapazote feliz!

Por outro lado, este post impõe-se por questões morais que falam bem mais alto. A verdade deverá ser reposta, vocês têm o direito de saber quem é o Netinho!

O Netinho não é aquilo que tão ardentemente deseja parecer ser. Basta olhar para a fotografia para perceber que até renega parte da sua ascendência.

Gaba-se de ser o Netinho mas não se gaba de ser magrebino.

domingo, maio 13, 2007
O enigma do 13 de Maio

É daquele tipo de enigmas que está longe de o ser, mas como já há muito se diz que "não há pior cego do que aquele que não quer ver", eis que continua todos os anos este bizarro circo em direcção àquele shopping center divino, o santuário de uma tal de Fátima.
Sinceramente já nem paciência tenho para me pôr aqui a refutar o óbvio e a incoerência, portanto exorto os caríssimos visitantes a darem uma olhada a este site.
quarta-feira, maio 09, 2007
In Denial

O Paradigma dos Tios

Em Portugal todos conhecem bem o paradigma dos tios/tias, elites e pseudo-elites que se assomam de diversas características peculiares para se distinguir e mostrar superiores em relação aos demais cidadãos.
Atitudes como o tratar os filhos na terceira pessoa do singular (quantas vezes não ouvimos o clássico “Tomás venha cá à mãe”), o utilizar da regra de etiqueta do cumprimento só com um beijinho (porque quem não o faz não é “chic” ou “finesse”), tratar os amigos dos pais, e os pais dos amigos como “Tio” ou “Tia”, desprezar os outros só porque o nome que têm não é “chic”, ou ainda o exacerbar extremamente exagerado e descabido de certas características genealógicas (sem na realidade perceber nada da ciência da genealogia enquanto contribuição para o estudo histórico) são apenas as faces mais evidentes deste sistema muito bem regulado de manutenção de uma certa superioridade aparente e do poder in stricto sensu, entendido como poder político.
Todas estas ainda são passíveis de compreensão pois é a educação que recebem desde há imensas gerações, até mesmo o tratar um filho por “você”, e esse filho tratar também os pais por você, que acontece ao nível de quase todos os estratos sociais, do mais baixo ao mais alto. Ainda assim, parece-me que um ser que é originado entre um homem e um mulher tem o pleno direito de os tratar por “tu”. Afinal, de um acto para muitos pecaminoso, para muitos mais extremamente prazeiroso, nasce um ser que ao fim de 9 meses no ventre da mãe, chega ao mundo num espectáculo terrível para essa.
O cumprimento com um beijo ainda se percebe, mas recordo aos mais mentecaptos que se escondem nesta atitude para se superiorizar perante outros, que os mediterrâneos são herdeiros da avançada cultura civilizacional romana, e já nos mais elevados estratos sociais de Roma se cumprimentavam com dois beijos.
Mas há uma característica em particular que me assola: o casal de tios que se trata por você.
Esta é que me foge completamente à minha parca compreensão.
Ora imagino então o casal em pleno acto sexual: “Bernardo venha-me à vagina”; “Maria aguente mais um pouco que estou quase a ejacular”; “Zé penetre-me”; “Teresa faça-me um felácio”.
É de facto assolador. E note-se o emprego das palavras vagina, ejacular, penetrar, felácio, pois esta classe comummente designada como “gente de bem”(e aqui há que empregar a devida entoação verbal) é extremamente educada e não diz palavrões nem calão. Atentem nisto se puderem e vão ver como são iguais ou piores que qualquer outra pessoa.
Já para não falar nos milhentos casos de “pessoas de bem” que não têm onde cair mortas, endividadas até não poder mais à banca, que ainda se dão ao luxo de dever avultadas somas monetárias nos mais diversos estabelecimentos comerciais.
Se bem que há muitos que estando dentro deste sistema o desmontam como artifício social, muitos há que o não conseguem fazer, e que quando questionados com questões como o porquê de tratar o namorado(a) por você, ou o porquê de defender a instituição monárquica (atenção pois sendo um monárquico convicto, fundamento esta convicção com base na teoria política), respondem coisas do género “é giro” ou “é bem” (sem esquecer a devida entoação).
Deixo ainda como sugestão de leitura sobre o assunto, o livro “Um Sonho do Tio”, do fabuloso e sempre caústico Fiódor Dostoiévski, que retrata em tom ridicularizado a influência determinante do meio sobre o indivíduo, e a vida vazia, amoral e hipócrita das elites provincianas.

Fernando Pessoa:“Não há nada mais provinciano do que tentar ser cosmopolita”.
segunda-feira, maio 07, 2007
O Rei da selva

Durante este período eleitoral na ilha da Madeira, tive a oportunidade de observar atentamente durante alguns minutos um dos comícios de Alberto João Jardim em directo na TV, e por isso mesmo não posso deixar passar incólumes alguns factos que me parecem relevantes:

1º - O formato do mesmo, que ao que parece é uma espécie de versão indígena de um talk show: o entertainer, com o seu ar anafado e jovial, foi dizendo algumas piadolas no seu dialecto enquanto pulava, a banda tocava uns acordes quando este concluía, a plateia ria-se, e ele voltava outra vez à carga emitindo sempre uma interjeição cavernícola antes de recomeçar;
2º - O conteúdo do discurso, a terminologia empregue e a morfologia das frases: isto torna a compreensão bastante difícil, mas depois de tantos anos a levar com este gajo e com algum esforço intelectual, lá se consegue compreender por traços largos a mensagem. Entre muitas citações de grande substância que poderia enunciar, gostei particularmente desta que ele usou para definir o mundo civilizado: "aquele pessoal lá do rectângulo..."

Passados breves minutos tive que desligar a TV, pois o meu pace-maker não iria aguentar mais. No entanto em vez de ter pensamentos apocalípticos que envolvem a ilha da Madeira (tal como um mega tsunami a varrer aquele pessoal todo de cima a baixo), que é o que me sucede amiúde quando estou parado no trânsito à espera de entrar para o magnífico "Buraco do Marquês", senti uma profunda conexão telepática com David Attenborough, pois percebi o quão magnífica pode ser a vida selvagem...
Sempre ouvi dizer, "em terra de cegos quem tem um olho é rei", e se para tal, na ilha da Madeira, é necessário assumir um comportamento de gorila selvagem e ser acompanhado por uma extensa corte de babuínos, Alberto João Jardim é então um autêntico mestre.
quinta-feira, maio 03, 2007
O Verdadeiro Artista "Musical" Português


António Coval num desses fantásticos programas que ocupam as manhãs da TV portuguesa, Você na TV.

Alguém me sabe explicar por que é que a voz da Insabel é mais máscula que a do António?

A única coisa que se aproveita deste programa é a apresentadora, e bem caladinha.

Oh Insabel, Insabel, Insabel...