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Arena de degladiação de raciocínios
segunda-feira, maio 07, 2007
O Rei da selva

Durante este período eleitoral na ilha da Madeira, tive a oportunidade de observar atentamente durante alguns minutos um dos comícios de Alberto João Jardim em directo na TV, e por isso mesmo não posso deixar passar incólumes alguns factos que me parecem relevantes:

1º - O formato do mesmo, que ao que parece é uma espécie de versão indígena de um talk show: o entertainer, com o seu ar anafado e jovial, foi dizendo algumas piadolas no seu dialecto enquanto pulava, a banda tocava uns acordes quando este concluía, a plateia ria-se, e ele voltava outra vez à carga emitindo sempre uma interjeição cavernícola antes de recomeçar;
2º - O conteúdo do discurso, a terminologia empregue e a morfologia das frases: isto torna a compreensão bastante difícil, mas depois de tantos anos a levar com este gajo e com algum esforço intelectual, lá se consegue compreender por traços largos a mensagem. Entre muitas citações de grande substância que poderia enunciar, gostei particularmente desta que ele usou para definir o mundo civilizado: "aquele pessoal lá do rectângulo..."

Passados breves minutos tive que desligar a TV, pois o meu pace-maker não iria aguentar mais. No entanto em vez de ter pensamentos apocalípticos que envolvem a ilha da Madeira (tal como um mega tsunami a varrer aquele pessoal todo de cima a baixo), que é o que me sucede amiúde quando estou parado no trânsito à espera de entrar para o magnífico "Buraco do Marquês", senti uma profunda conexão telepática com David Attenborough, pois percebi o quão magnífica pode ser a vida selvagem...
Sempre ouvi dizer, "em terra de cegos quem tem um olho é rei", e se para tal, na ilha da Madeira, é necessário assumir um comportamento de gorila selvagem e ser acompanhado por uma extensa corte de babuínos, Alberto João Jardim é então um autêntico mestre.
1 Comments:
Anonymous Anónimo said...
Cálha-te a bóca!
Um gaje du rectângulo não é ninguém para opinar assertivamente sobre a Madêra!
Vocês querem quinar os madêrenses mas eu não vou deixar.
Posso nunca ter visto o rio mas já tive Finánças Públicas!