Mas este é um tema sério. Não se brinca com a Poluição Visual, ela pode ser letal. O Natal é tempo de medo e de terror. Aumenta o consumismo desenfreado, as correrias aos shoppings, aumentam as vítimas do wrestling de loja: “-Fui eu que vi primeiro!, -Desculpe mas esse Noddy sou eu que o levo!”, aumentam os anúncios da cofidis e da leopoldina (creepy), aumenta o número de paragens cardio-vasculares, registam-se picos nas urgências dos hospitais de pacientes bolímicas que depois de vomitarem o jantar de Natal, a ceia de Natal e a bilis continuam a vomitar porque é bué-d-alternativo…Mas ninguém fala dos ataques epilépticos.
Durante a quadra natalícia a população em geral é exposta a um conjunto de situações que é suposto “ajudarem a entrar no espírito”. A publicidade alusiva ao natal, as musiquinhas nas ruas de maior comércio, as montras, o coro no metro, os Pais-natal da lotaria, aqueles pais-natal que simulam estar a trepar (que as pessoas insistem, vai-se lá saber porquê, em pendurar nas suas varandas) e as luzes! As luzinhas são um perigo. Há luzes por todo o lado. O portuga tem orgulho em ter a sua corrente de luzinhas coloridas piscantes a iluminar o bairro inteiro. Quanto mais cor e mais luz melhor! É uma alegria!
E se somarmos as luzes das varandas, às luzes das ruas, à luz da árvore e às luzes emitidas pelos respeitáveis, sempre bem-penteados, srs. Indianos estão reunidas todas as condições para se desencadearem ataques epilépticos em massa.
Be afraid, be very afraid…Santa is coming to town.