O Coliseu hit counter
Arena de degladiação de raciocínios
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Orgulho Benfiquista!


Em primeiro lugar, gostaria de agradecer o convite para participar neste blog, do qual sempre nutrí grande respeito. Senti-me lisonjeado. Muito obrigado.
João Malheiro é um senhor conhecido das lides futubolísticas,tendo começado como relatador e comentador na TSF, tendo passado a receber mais atenção quando assumiu o cargo de director do departamento de comunicação social,se não estou em erro, da instituição do sport lisboa e benfica, aquando a presidência de José Vilarinho. Nada de novo até aqui.
Agora o que eu não sabia, e que me foi dito hoje e que eu vim a confirmar, é que este ilustre senhor do jornalismo desportivo português, é membro da magnânime rúbrica Tertúlia Cor-de-Rosa, do programa SIC 10h! É verídico. Este senhor tem a honra de participar numa rúbrica de "mexeriquices" e outros assuntos das vidas privadas das figuras públicas portuguesas (?!), num programa visto só por pessoas reformadas, e imagine-se, ladeado por incríveis conesseurs da matéria como o Claúdio Ramos e a Maya.
Aqui deixo a minha homenagem a este senhor, que de certo, dá juz à expressão : orgulho em ser benfiquista!
PS- as iniciais da instituição não estão em letras minúsculas propositadamente.
terça-feira, fevereiro 13, 2007
Ministry of Silly Walks
O incomparável John Cleese num dos melhores sketches dos Monty Python...

segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Sintoma de mutação

Bem, o referendo já lá vai e o "Sim" venceu. Na minha óptica isto é um claro sinal de mutação da sociedade portuguesa, sintoma de um claro amadurecer da democracia: cingiu-se a intervenção do Estado na vida pessoal, relevou-se a consciência individual e a liberdade de escolha e deu-se um "safanão" no jugo ideológico que a Igreja Católica cada vez tem mais dificuldade em manter no país (o próximo passo é acabar com a missa nos canais do Estado).
No entanto, e apesar de ter sido dado mais um passo em direcção ao mundo civilizado, tenho que salientar um aspecto que me desagradou profundamente: a abstenção. Mesmo sendo menor que no último referendo, é inqualificável o facto de mais de metade dos eleitores não ter votado (ainda para mais se foi por ter estado a chover!). É que muitos destes cidadãos-modelo são acérrimos críticos do governo (independentemente da cor deste), e acusam os agentes políticos de serem facínoras, ladrões, corruptos, blá, blá, blá. Porém quando lhes é requerido que tomem uma atitude e que intervenham, como foi o caso, estes paradigmas da santidade ficam em casa ou no café/ taberna a lamentar a eliminação do Benfica da Taça de Portugal ou o facto do "Zé-Jaquim" da telenovela ter problemas de flacidez e não conseguir montar a "Mari-Vánêssa" cabalmente, porque tal é como tentar enfiar uma goma numa fechadura.
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Abortismos

Não vou bater mais no ceguinho, por isso não irei esgrimir qualquer tipo de argumento relativo à minha posição, que é óbvia. Além disso estou absolutamente saturado com este tema (dar razão ao PCP não é algo que me agrade muito, mas tenho que concordar que esta questão não deveria ser referendada)!
No entanto, durante as campanhas, os prós, os contras, as propagandas sempre demagógicas, os discursos dos/ as protagonistas e enfim, durante toda a selvajaria informativa e desinformativa, mantive-me sossegadito numa postura meramente contemplativa e analítica de contínuo registo. Foi precisamente isso que me motivou a salientar aqui o decorrer de alguns pormenores interessantes. Ora vejamos:

1- A “Posição Nim” do PSD: é a posição híbrida e cobarde de um partido cuja figura proeminente é um pequeno quisto. Aliás, as últimas escolhas para o leme deste partido não foram as mais famosas, sintomático de um grave problema de recursos humanos...

2- A pujança da Igreja Católica (e claro dos seus apêndices politico-sociais). É claro que Portugal sempre foi um país católico, conservador e agrário, mas mesmo assim fiquei surpreendido com a influência que estes tipos ainda são capazes de mover. Abandonados (pelo menos como argumento principal) os dogmas do pecado e do inferno com demónios com chifres e asinhas de morcego a correr nús à volta de fogueiras, bradindo seus órgãos reprodutores dignos de causar inveja a um cavalo que usam para flagelar as mulheres ímpias que abortaram, optaram nesta campanha pela estratégia da radicalização sub-reptícia. São dignas de registo as seguintes táticas:

2.1- A “Carta do Bebé-aborto”: um simpático prospecto propagandístico do “Não” em forma de livrete cor-de-rosa que continha a carta de um feto abortado dirigida à sua mãe, e que foi enfiada nas mochilas de (pelo menos) 750 crianças de 4/ 6 anos que frequentam uma creche pública em Setúbal que é dirigida pelo centro paroquial. Entre as frases de mais impacto, a minha preferida é: “porque é que me cortaste aos bocados e me enfiaste dentro de um balde” (isto só por si é incoerente já que um feto de 10 semanas não tem muito por onde cortar). Ao que parece, o objectivo seria usar mão-de-obra barata (os putos) como veículo de propaganda para lobotomizar os pais.

2.2- O “Action-feto”: distribuído livremente nas grandes cidades e vendido (discretamente) a 1€ nas terrinhas. É um boneco muito parecido com um Action-man (embora um pouco mais pequeno e sem o lança-rockets). Tentaram sensibilizar-me desta maneira à porta dos Armazéns do Chiado, clamando que era uma vida, blá, blá. Abismado com o que via, só consegui responder à “jovem tia” que tinha ar de quem já tinha feito 4 ou 5 abortos em Espanha, que apenas há algumas horas atrás tinha defecado algo 10 vezes maior do que o “Action-feto”. Creio que a desiludi...

2.3- A “Crusada da Arregimentação”, que consistia na assinaturazita compulsória para os movimentos do “Não” à saída da missa. Quem quisesse ser santo também podia dar uma ajudita financeira para a ajuda da compra dos caramelos em Badajoz quando a próxima excursão de freiras fosse lá abortar em massa.

3- A fraca campanha do “Sim”: para além de bandos de esquerdóides com ar de artistas de circo piolhosos que são adversos ao banho, de um inverosímil Major Valentim Loureiro (o que atribui aos movimentos uma credibilidade duvidosa) e de uma certa abnegação do Primeiro-ministro, pouco mais vi.

4- Por último, o melhor: A posição pública de Manuel Costa Pinto, padre de Viseu. Ameaçado pela excomungação por tornar público que votará “Sim”, afirma que para além de não haver nenhum dogma católico escrito e reconhecido que afirme que a vida começa com a fecundação, irá seguir o exemplo de Jesus Cristo, isto é, irá agir de acordo com a sua consciência.

Peço desculpa pelo post um tanto longo. Tal não é meu hábito, mas estava com insónias.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Logotipo esclarecedor

Após algum tempo de ausência e indisponibilidade psíquica para "O Coliseu", quero marcar este meu pequeno regresso com esta foto no mínimo comovente...