Como é óbvio, não podia deixar passar incólume esta altura do ano. A Páscoa é, na minha modesta opinião e à semelhança de todos os feriados religiosos, uma idiotice.
Entretanto, e entre todas as incoerências que são inerentes a qualquer época religiosa-festiva, esta história do coelho hermafrodita ou mutante que vá-se lá saber como, ejecta ovos de chocolate do anûs e esconde-os posteriormente em locais recônditos para as criancinhas andarem de rabo para o ar a procurá-los, é demasiado perversa e deixa-me absolutamente agastado. Depois ainda se admiram quando surgem comportamentos alegadamente desviantes, tipo padre Frederico.
Além disto, qual é a mirabolante relação entre o supra citado coelho, com um daqueles milhares de tipos que foram crucificados por Roma e que ao que se diz por aí, é filho de não-sei-quem e rei daqueles gajos sem prepúcio e que têm o nariz em forma de gancho? Francamente, ultrapassa a minha mera compreensão de mortal, mas se alguma alma iluminada e sapiente me souber elucidar de forma não dogmática, agradeço.
Quero também deixar patente que a primeira coisa que fiz quando acordei na "6ª feira-que-não-se-come-carne" foi emborcar uma sandes de carne assada. Senti-me como um verdadeiro herege e retirei bastante prazer dessa experiência metafísica.